Se por um dia me sobe à cabeça o prejuízo
Tal como uma coisa registrada em cartório
Possesso, desvairado, esgota todo o juízo
Dita a perda, urro, xingo, enceno velório
Comando e ponho guardas a todas fronteiras
Vou colocar em teu corpo, quiçá, o cadeado
Deixando encurralado de mil e uma maneiras
Fica, assim, quieto, silencioso e amarrado
Contra os invisíveis, a guerra tá declarada
O perigo se remonta aos graus de insanidade
Incansavelmente, toda a baliza será vigiada
Decreto irracionais ordens contra liberdade
A camisa de força vai em mim sendo adornada
Mergulhado nessa tal loucura de propriedade
E todos os dias eu me pergunto se eu sou eu mesmo e se eu sou sempre assim - tão eterno e tão confuso. Nada mais me interessa senão viver essa eternidade. Meus dias nunca são vagos, por mais que eu diga o contrário...há sempre um presente guardado em um pacotinhos de segundos.
sábado, 10 de maio de 2014
Orgulho
Perigosa casca que brilha
Disfarçada de escudo protetor
Mãe da dor e da dor é filha
Mascarada no seu próprio amor
Fora dela, à ilusão se humilha
Agudos espinhos a sufocar a flor
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