segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Biscoitos


Talvez seu sabor me deixe afoito
Na amargura, recebo biscoito
Que me adoça lentamente
Empacotados no transparente
Não um ou dois, foram mais de oito.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Proveito

Se a vida não for longa
Que, ao menos, seja bem vivida.
Não se desperdice os sorrisos
E evite, ao máximo, criar ferida.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Doce e letal

Tenho veneno?
Sou tão doce

Que até impossível fosse

Tenho veneno?
Se o tenho de fato
Eu morro, eu mato
Tenho veneno?
Pobre de mim
O veneno é forte e não tem fim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Palavras Amarelas


Olhei todas as palavras alegres
Talvez procurasse a razão delas
Sendo elas só consequências
De lembranças doces e amarelas.

Domingo


Hoje fui eu quem acordou o Sol
Que ainda se esconde ao meio-dia
Cruzei ruas e avenidas, subi montes
Fiz do meu domingo poesia.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Versos de tédio e preguiça


Estou a olhar pela janela

Cheio de tédio, o mundo lá fora
Tanto pássaro que no céu voa
Tanta ideia que na cabeça aflora

Meus olhos já não veem nada no livro
E meus dedos criam palavras numa linha
Fui olhando a cidade pela janela
Parei pela cidade que nem é minha.

Calor e preguiça me invade
Cansaço que vem de onde não há
Olhos cessam o passeio no livro
E na janela vão passear.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Eu, o tempo e o espaço


O meu espaço muda com o tempo
E meu tempo passa em qualquer espaço
Me aperfeiçoando enquanto me deterioro
Deixando de mim em cada canto um pedaço.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sexta-Feira


O que se deu hoje?

O sol me deu beijo de bom dia
Pássaros cantaram com muito mais alegria
Nenhum sinal de manhã fria
E eu, cansado, estou cheio de energia
Minha alma grita louca cheia de ousadia
Bom dia, bom dia, bom dia!
-Não chore, não chore hoje. Sorria!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sal a gosto em Agosto


A gosto, agosto chegou
Ponha sal a gosto em agosto
Não deixa ficar insosso
Contra ou a seu gosto
É agosto.

terça-feira, 31 de julho de 2012

20:20

Quanto mais eu te tenho
Mais eu te desejo
Mais saudades eu sinto
Mais preso me sinto a você.

terça-feira, 24 de julho de 2012

14:14


Deixei me levar pelo sabor do limão
Fresco sabor de canela eu tinha
Creme frio com massa quente
Doces sabores na boca minha

Fuga de tiros sobre mim
Sombras que me cobriam
Estreito caminho na embriaguez
Sobre trilhos que iam e vinham

Morrendo a cidade de frio
Senti calor, calor e mais nada
Uma música e uma luz da janela
Tudo se foi com a madrugada.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Adeus, Dezoito Anos


Quanta demora!
Foram tantos vales e tantos picos
Tanta preocupação!
Ai, quanta preocupação!
E o que houve comigo?
A Terra fez mais uma volta
E a minha vida deu mais que uma volta,
Foi uma reviravolta!
E os dezoito anos já vão sendo acrescidos de mais um.
Quantos momentos, quantas pessoas,
Quantos sorrisos, quanta tristeza
Meus olhos se abriram
Muitos corações se fecharam
Muitos me acolheram
Meus olhos foram enganados

Torturados, feridos
Até pelo brilho do Sol

Foram atacados
Quem abandona um dia
No outro, é abandonado
Segredos de hoje
Outrora serão revelados
Um futuro que se desmonta
E logo precisa ser repensado
Para ser novamente montado
Tantas interrogações na cabeça
Desfazê-las está sob meu cuidado
São coisas da vida
Com isso, nem sei se descontento
Nem vou me dar o trabalho
De nadar contra a correnteza do tempo.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Caneta na Mão


Tudo que preciso é de inspiração
Um doce, um veneno, qualquer distração
Viajado, perdido, sentindo somente o meu coração
Odiado, alegre, ferido, carregado de emoção
Onde está a cura pr'essa maldição?
De olhar pro papel e chorar no vazio sem razão
Meu caderno esperando aberto por minha ação
O desespero invade as linha vazia em toda sua extensão
Mente escassa, coração parado e a caneta na mão
Ah! A caneta na mão
Aguardando resposta do corpo e do coração
As horas passam, o tempo voa sem qualquer reação
Coitado de mim, cansado, sentado e em depressão.
Esperando exausto, deitado, viajando na imaginação.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ao Vento

Correndo contra o Vento 
Não pude deixar de mirar 
Uma lua tão prata 
Numa atmosfera tão vaga 
Atrás de árvores tão altas 
De galhos tão delicados 
Com folhas tão leves que corriam comigo. 
Ao deixar o Vento me levar 
Nem acredito que vi 
Um Sol tão vermelho 
De um vermelho tão vivo 
Num céu tão doce 
De horizonte tão cálido 
Num dia tão frio 
Que me dizia adeus.

domingo, 29 de abril de 2012

23:59

Nem sei o que pensar 
Quero me esconder 
Quero fugir 
Pra onde? Não sei 
Não quero mais estar 
Só quero mais sentir 
Às vezes, canso de andar 
Mas não canso de sorrir 
Quero tanto me deitar 
Mas não quero mais dormir 
Sabes que eu sei onde você está 
Mas eu te quero sempre aqui.

sábado, 28 de abril de 2012

23;52

Estou tão certo de que estou errado que chego a estar errado por ter tanta certeza!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Aos meus heróis

Aos pequenos no mundo grande que, na verdade, foram grandes num mundo tão pequeno.
Para uns, foram licor.
Para outros, um veneno.
Cresceram pelo seu coração bravo
Outros, pelo coração sereno.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que se passa?

O que se passa?
O tempo passa
Tudo passa
Estou aqui, estive lá
Oh! Quanta desgraça!
Estou aqui, estarei lá
Qual é a graça?
Não se fica parado
Nem mesmo na praça
O mundo te mata
Sem haver o que faça
Plantai as sementes
Até vir a morte que o abraça.

sábado, 17 de março de 2012

Alegria de Uma Enfermidade

Quem chega tão de repente
Enche-me de timidez, me faz rir
Com seu coração me desperta a inocência
E entre risos e sorrisos, me põe para dormir?

terça-feira, 6 de março de 2012

Eu & Luzia

Só Luzia sabia
Da noite passada
Na ausência do dia
Quando olhou na janela
E acreditou no que via
A rua era tão vaga
Mas a noite não era fria
Joguei a ela um sorriso
Ela entendeu o que via
Espero te encontrar novamente
Logo depois do fim do dia
Não sei se lembra meu nome
Mas ainda lembro de ti, Luzia!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

29 de Fevereiro, 12:54

Por cinco luas, um fantasma vagava despercebido.
Aparecia somente quando lembrado de seus pesares.
Por dois dias, retornava ao mundo dos vivos
só pelo prazer de se sentir amado.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Trauma


O dia estava lindo demais para morrer
Era noite, eu estava bem
A luz chegou, me vi morto
O Rei Sol não chegou a tempo de impedir
Que a violência abocanhasse meu coração - talvez bom, bobo e ingênuo
Arrancou as lágrimas que a saudade tinha me tirado um dia
As piores coisas acontecem em poucos minutos
A eternidade reina nos poucos minutos
Não senti dor
Não no momento
Chegou com o abrir dos olhos
Olho enegrecido, marca do que se passou
E como um enorme bloco de pedra
A dor veio contra mim
Invadiu meu corpo
Juntamente com o ar
Que, outrora, fora interrompido
A dor materialista tomou conta de mim
Juntamente com a dor física
Arrastando pelas ruas
Olhos de pena e que não podiam ajudar
Foram as únicas testemunhas
O Senhor Deus também viu aquilo
Disse que eu poderia estar morto
Estando morto, estaria em um lugar melhor?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

22 de fevereiro de 2012, 12:15

Era uma terra de cegos onde o rei era cego e algumas pessoas que tinham olhos eram simples servos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amor entre Palavras e Ações

Há quem ame manhãs frias e cobertas de neblina
Há quem ame coisa esotérica e simpatia
Há quem ame dormir durante todo o dia
Há quem ame fazer da tristeza dos outros sua alegria.

Há quem diga que o amor só faz sofrer
Há quem diga que sem um alguém não irá viver
Há quem diga que sofre por não te ter
Há quem diga que te ama sem ao menos conhecer.

Há quem faça de tudo aquilo pra ser feliz
Há quem faça só aquilo que não diz
Há quem faça aquilo que nunca quis
Há quem faça o certo, mas ao mundo contradiz.

Acredita que há alguém que não ama
Acredita que há alguém que não diga nada
Acredita que há alguém que não faça tudo
Com amor, palavras e ações guardadas.

Exploração

Era um mendigo que não pedia dinheiro às pessoas na rua porque sentia que estava explorando-as. De alguma forma, conseguiu sair da miséria e se tornou uma pessoa bem-sucedida, porém, nunca dava esmola aos mendigos porque se sentia explorado por eles.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sem Domingo

Eu, simplesmente, deixei de existir no domingo
Acordei quando o sol já estava indo
E a lua, se fosse cheia
Do outro lado, ressurgindo
Fiquei sem manhã
Fiquei sem tarde
Fiquei sem dia
Nos sonhos embaixo do lençol
Nada mais que sonhos
Doce e bela fantasia
Despertei e vi que a chuva estava vindo
Perdi a chance de viver
Perdi a chance de existir
Num belo dia de domingo 

13:13

Nessa tua beleza, eu viajo
Oh! quanta graça e delicadeza
Guardada no alto da serra
Ibiapaba, abençoada sejas!

Reina e me conquista
Do teu canto e em todo canto
[ah! como quero]
Olhar nos teus olhos, ganhar teus abraços
Rir teu riso e chorar teu pranto!