segunda-feira, 20 de junho de 2011

Somos um só

Não sei como isso aconteceu
Mas juro que estava passando na rua
E acabei me encontrando
Encolhido com frio e olhando pra Lua

E eu era tão diferente
Foi coisa de louco, cheguei a ficar assustado
Até então, eu não me conhecia
Faminto, sem teto e desgraçado.

domingo, 12 de junho de 2011

Sabe?


Sabe como é sentir-se sozinho
Cercado por uma multidão?
Sabe como é estar iluminado
Estando em meio à escuridão?

Não saber ficar perto de mim
Mesmo estando ao meu lado.
Não sabe o que é sentir fome
Porque está mais que saciado

Não sabe o que é estar sóbrio
Por estar mais que embriagado
Não sabe o que é sentir alegria
Por estar mais que amargurado

Não sabe o que é ser forte
Porque está  mais que flagelado
Mas sabe sim amar de novo
Mesmo com o coração despedaçado?

Dia dos Namorados

Dia dos namorados...


Não queria que tu me desses uma festa
Não precisa anunciar no rádio ou na televisão
Muito menos lotar de scraps o meu orkut
Ou me levar pra passear em um avião.

Não precisa me comprar o vinho mais caro
Não precisa gritar na rua
Não precisa me prometer: 
Viagens, ouro, um flat ou até a Lua

Quero me entregue um chaveiro (que seja)
Estar ao teu lado, sentir teu coração
E se eu te dou tanto carinho
O meu maior presente seria a tua retribuição.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Meio de fuga

-Para de dormir
-Não estou dormindo
-Como não?
  • -Só estou tentando fugir deste mundo que deprime.

Sabe quem sou eu?.

Pra que me importar?
Virei estereótipo.

Desabafo

Por mais triste ou odioso que eu esteja
Minhas lágrimas já não caem mais
Tornei-me tão insensível
Que nem a mim mesmo dou atenção
Meus olhos teriam secado?
Sinto que nunca mais vou chorar
Sendo assim, a mágoa fica toda acumulada
E eu fico cada vez mais pesado por dentro
O cansaço me abate todos os dias
Já não me movimento por mim mesmo
É tudo automático
Eu já não converso mais
Pois não só o assunto
Mas os amigos também são escassos
Sinto falta de alguém com quem possa passar grande parte do meu dia
Conversando que seja
A mais pura bobagem
Porque assuntos sérios já não me interessam
A estrada é longa
Mas caminho em meio a estranhos
Coração petrificado
Alma presa
Já não reconheço mais minha voz
De tão pouco uso que faço dela
Já não quero fazer mais ninguém rir
Pois só assim percebem o quão sério eu estou falando
Não adianta me perguntar se eu estou bem
Eu quero que você me faça bem
Já não adianta me perguntar se estou estressado
Faça-me ao menos uma vez fugir de tudo
Pode ser que volte tudo ao normal
Mas pelo menos não estive aqui por alguns instantes.