sexta-feira, 24 de junho de 2011

Carência

Não preciso nem dizer
De tão feliz eu me sinto ao teu lado
A me esperar com um sorrisinho
Morrendo de frio em meio à praça
Olhos tão claros e inocentes
Mãozinhas pequenas e delicadas
Risinho suave que me envenena
Verdadeira boneca
Queria tanto cuidar de ti...
Mas parece que sou eu quem precisa de mais cuidados.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Viver a vida é o que mais quero

Viver a vida é o que mais quero
Quero viver um grande amor
Mesmo que por pouco tempo
Sair contigo
E andar pelas ruas
Abraçados
Juntinhos
Corpos colados.
Acordar ao teu lado e sentir teu abraço
Te levar comigo por este mundo afora
Banho de cachoeira
Cinema na sexta-feira
Um pouco de vinho em cada taça
Quero deitar contigo na grama
Ouvir você dizer que me ama
Ser só teu neste fim de semana.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Surpresas

Foi uma surpresa ter te encontrado
Outra surpresa tu ter me perguntado
Mais uma surpresa, a gente ter conversado
Surpresa pra ti, eu ter te ligado
Surpresa pra mim, ao ter te vasculhado
Tu ficaste surpreso, foi por acaso?
Eu digo que não, foi tudo premeditado
Preciso só confirmar, e já tá confirmado
Surpreso? eu fugi antes de ser atacado
Surpresa pra  mim, tu ter viajado
Onde tu estás, que não deixa recado.
Silêncio total, dois corpos deitados.
Aparelho de TV que reclama será desligado.
Pego de surpresa, mas o rádio é quem grita.
Aqui, quarto escuro: lá fora, céu apagado.

Entre esquinas...

Tenho certas manias de andar pelas ruas
E lá do alto contemplar as luzes da cidade
Só o vento me acompanha nesta aventura
Momentos independentes, manias da idade?


Cada praça, uma história; cada esquina, uma beldade
Oh! As ruas são longas e as pessoas, desconhecidas
Par de olhos que se voltam quando muito contemplados
E janelas te mandam sorrisos com perguntas respondidas.


Um rosto é memorizado e se torna tão comum
Depois que cruzo a avenida movimentada
Meus passos se reduzem esperando teu sorriso
Que me convida a bater papo sentado na calçada.

Somos um só

Não sei como isso aconteceu
Mas juro que estava passando na rua
E acabei me encontrando
Encolhido com frio e olhando pra Lua

E eu era tão diferente
Foi coisa de louco, cheguei a ficar assustado
Até então, eu não me conhecia
Faminto, sem teto e desgraçado.

domingo, 12 de junho de 2011

Sabe?


Sabe como é sentir-se sozinho
Cercado por uma multidão?
Sabe como é estar iluminado
Estando em meio à escuridão?

Não saber ficar perto de mim
Mesmo estando ao meu lado.
Não sabe o que é sentir fome
Porque está mais que saciado

Não sabe o que é estar sóbrio
Por estar mais que embriagado
Não sabe o que é sentir alegria
Por estar mais que amargurado

Não sabe o que é ser forte
Porque está  mais que flagelado
Mas sabe sim amar de novo
Mesmo com o coração despedaçado?