quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Meu mundo e meu relógio


Tique-taque, tique-taque, tique-taque
agora é o relógio quem manda
Foi-se o tempo em que o inesperado ocorria
Agora é tudo tão previsível
Agora sei quando meus problemas terminam
e quando novos irão surgir.
Quero fugir dessa monotonia
Gosto de fugir durante dois segundos e meio
É tão interessante
tudo é desconhecido e fascinante
que me perco
e vejo graça nessa perdição
O mundo é outro
São só dois segundos e poucos milésimos
O relógio fica mudo
e já não obedeço suas ordens.  

Great Mother Said To Me


 Today
When I was met my Great Mother
She told me That I'm Happy
She said: Hey, son! Jump, Jump, Jump
Look at your Brothers
The Sun is shining in your face
Then, jump, jump, jump
The Moon is smiling to you
Then , Jump, jump, jump
I Know you are crazy son
But you can't stopping jump
Jump 'cause you are crazy
Jump 'cause you are happy
I know it
And You , my son,
You don't know be sad
You always are happy
Then jump, jump and jump
You don't have problems
then Jump, jump and jump
You just have love
And love always will be with you
Then jump, jump and jump
You never will be alone
You'll be a forever young
Anything can't kill you
The blue sky belong to you
You can fly
Celebrate and live your life
'cause you're happy
I know it
All the waterfalls are calling you
They are singing to you
'cause they love you
And you love them too
I Know it
And I like it
and Now
I, your Great Mother
I let you leave
But I always will be near you
Come always see me
I'll be waiting for you
And You Know where you can see me again.

Adeus, mamãe!!!


Segurava nos olhos aquelas salgadas gotinhas. Ele estava partindo novamente e ela nada podia fazer para impedi-lo. Ela sentiu que esse abraço que ele acabara de dar era um abraço diferente que dizia muito mais que um adeus. Dizia estar agradecido por todos os cuidados, dizia que queria poder ficar um pouco mais e voltar a ser seu filhotinho. Dizia que não sentia vontade de voltar, queria ficar ali perto. Mas agora já era tarde. Ela não quis olhar pra trás. Ele ainda a procurou olhando através do vidro escuro da janela. Lágrimas dos seus olhos queriam deslizar pelo seu rosto, mas ele esqueceu que sua fonte já havia secado há muito tempo. E ela já não estava mais ali. Um longo período teria que passar para poder rever aqueles olhos verdes novamente.  

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Carta ao Sr. Fantasma

           E se a saudade apertar, não saberei pra onde correr. Melhor nem pensar nisso. Penso em não deixar que a saudade jamais repouse em meu coração. Vivo o momento. O passado só volta se estou prestes a revê-lo. Desta maneira, meu coração não viverá tão acorrentado às lembranças.
         Hey, Sr. Fantasma, há quanto tempo não te vejo? Lembro da última vez em que te encontrei: tão magro, pálido e indiferente. Realmente, já não tocávamos a mesma música dentro da pequena sala. Nossos caminhos se distanciaram bem como nossos corações. Não há nada que possa fazer para que corramos juntos novamente pelo asfalto nas manhãs frias a vazias. Nada que recupere nossas tardes de loucuras na garupa de uma motocicleta ou as noites de sono retardado em casas alheias.
           Loucura eu dizer que não sei o que te fiz de tão mal assim para que me expulsasse de tua vida? Tu não diriges sequer uma palavra a mim. Fico perdido. Crio dentro de mim um ódio pela tua indiferença. Não correrei atrás de ti e sei que você também fará o mesmo. Tua morte não teve data em minha história. Creio que tenha sido juntamente com o desabrochar das flores do ipê. Mas a certeza não se concretiza.
           Anjo negro – é assim que tu chamas a si mesmo. Sabe lá o que tu escondes nessa tua escuridão. Teus olhos me assustam. Ficava na expectativa de não encará-los em alguma esquina. Medo da tua face. Talvez ressuscite em alguma curva da minha longa estrada. Só não sei se pretendes me atropelar ou  me oferecer carona.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Pedra

             Não entendo a razão de você ter feito isso. Nós somos tão iguais em certos preceitos, não custava nada tu teres guardado a pedrinha no teu bolso e limpar o sangue que ela derramou na tua face. Você trai minha confiança e a atira nos demais. A pedra tem a minha marca e outros saberão que eu sou o proprietário. Sei que minha pedra poderia te ferir. Por essa razão, não quis atirá-la em você, mas você foi insistir e ela veio direto na tua testa.  Não tente me exorcizar, convivo muito bem com meus demônios.
            Não tente me apontar um caminho, pois, meus pés caminham por si só. Por mais que a neblina não permita eu enxergar, meus pés continuam fazendo o caminho. Devolva minha pedra, já não quero mais atirá-la em ninguém. Não condene minhas atitudes com suas verdades, pois eu já tenho as minhas e elas já me martirizam o suficiente. Devolva minha pedra e esqueça que ela te feriu.. A marca vai ficar pra sempre em teu rosto. Faça o que fizer, continuarei a carregá-la escondida no labirinto oculto que trago dentro de mim. O teu silêncio e tua resignação me fariam muito bem nessa hora. Não insista, meus fantasmas me farão companhia.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Enquanto houver

Enquanto houver dia, estarei despertando
O vento estará sempre me arrastando
Enquanto houver o Mal, continuarei a fugir
E mesmo sem dentes, nunca paro de sorrir.

Enquanto houver palhaços, estarei sorrindo
Há de ouvi-lo no caminho enquanto findo
Cada verso idealizado e irreal do meu pranto
E meu riso há de se espalhar por todo canto

Haverá um caminho, enquanto estiver caminhando.
E se meu coração bater, continuarei amando.
E se as emoções forem muito fortes, continuarei chorando.

Numa folha qualquer eles sempre irão existir
Pesadelos para chorar e sonhos pra colorir
E enquanto houver tinta, estarei desenhando
Enquanto houver lagrimas, estarei consolando

Enquanto houver voz, continuarei implorando
Enquanto houver dor, estarei vivendo
Enquanto houver amigos, estarei celebrando
E quando não houver mais nada, estarei morrendo