terça-feira, 30 de agosto de 2011

Meu sonho sul-americano


          Pra falar a verdade, sempre me senti aquele mocinho dos filmes e que se ferra sempre.. Não tem coragem de fazer mal a ninguém (pelo menos, eu acho isso). Sempre fui aquele que quis viver minha loucura intensamente. Minha vida não é nenhum filme e não haverá punição para os que eu considero como vilões. A realidade é que não há verdadeiros vilões. Todos queremos apenas viver e nos esquecemos que, às vezes, ferramos com a vida dos outros, por vontade própria ou não.
                E minha vida aos 80 anos ( tão imprevisível)?
             Quero pegar a motocicleta e cruzar a América do Sul. A cada dia uma foto ao pôr do sol em um lugar diferente. Somos só eu e a estrada e quem quiser me acompanhar.
Sejamos loucos. Não quero viver deprimido. A estabilidade e o conforto pode ser legal, mas a incerteza do que acontecerá amanhã é bem mais excitante. O Sol nascerá atrás de uma montanha diferente a cada dia. Sejamos loucos. Passaremos fome, eu sei. Mas eu quero levar isso pra sempre comigo.
E o futuro que estamos construindo? Pode ser que tenhamos estabilidade, mas o dia a dia corroerá meu coração que adora uma aventura.
                     O que pensarão de mim? Pensem o que que quiser, fui feliz.. Encontrei a felicidade que eu quis. Viva as tuas dificuldades. As minhas, eu vou gostar.
               Não quero entrar pra história, quero apenas viver minha história. O que há de mal na minha história?
                   Não derramo mais lágrimas, porque meus olhos secaram há muito tempo. Sonho com o dia em que uma nova nascente escorra novamente e lustrará o brilho esquecido dos mesmos. Que seja essa a minha marca - o meu sorriso. A Lua que me ensinou a sempre mostrá-lo.
                  A vida é só uma. Mas são tantas as que eu queria viver. Creio que, por essa razão, ela vai ficando cada vez mais confusa. Adoro! Quero viver meu mundinho.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Viver & reviver

É o que sempre digo a mim mesmo
“Viver a [minha] vida é o que mais quero”
Bem sei como vivo nela
Mas não sei aonde ela irá me deixar
Aos 80 anos
Quero estar resmungando com meus filhos:
-Hey, seu p*&¨%#@, eu quero nadar na cachoeira
-Mas, papai, você sabe que você não pode. Isso lhe fará mal
Não quero pensar no dia de minha morte
Quero acreditar que sempre acordarei no dia seguinte
Reclamando porque queria estar dormindo mais
Ou muito feliz pela diversão da noite passada
(…)
Quero chorar pela alegria dos anos passados
Pelos perigos que passei e ter sobrevivido
Quero reencontrar a quem amei um dia
Jogar fora conversa na praça
Na beleza de uma manhã ensolarada
Quero sentir saudades da infância perdida [no tempo]
Ao contemplar as crianças levadas.
Lembrar das corridas no campo
Tardes gozadas na cachoeira
O vento no topo do pé-de-manga
Minha casa amarela entre bananeiras
As ruas travessas e janelas sorridentes
O asfalto congelado e o cansaço antes do raiar do sol
O horizonte sagrado das sextas-feiras
Minhas noites iluminadas nos fins de semana

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

...Lembranças


Não sai da minha lembrança
Basta que eu feche os olhos
E retorne às cenas de “pseudo” camera lenta.
Magnifica!
Efeitos especiais
A cidade é vista dormindo da varanda
Saídos de suas tocas
Vivem sua madrugada
A Lua não para de sorrir
Jogam e lançam seus cabelos
“Estou à beira da glória”
Vá e se jogue contra a parede
Sinta o gosto do cimento
Disfarçado, o vício do cigarro
Se for expelir fumaça
Desapareço
E só retorno quando as luzes se acenderem.

Por enquanto, É só isso...


Quero embriagar-me
De tanto viver
Quero fazer minha história
...em cada esquina
...em cada praia
...em cada manhã ensolarada
Quero me desfazer em mil pedaços
Quero deixar cada pedaço com quem me faz bem
Quero beijos intermináveis
Quero dançar contigo
...na chuva
...na rua
...no coração das madrugadas
Noites Eternas na Minha Memória
Quero um beijo teu...
...no fim da festa
...no banco traseiro do carro
...no portão da tua casa
Eu Quero Tudo que tenho direito
E quem sabe um pouquinho mais
Minha existência me obriga a isso.

Desamparado

Senti-me torto
Com aquele olhar ameaçador
E aquela boca pronunciando verdades
Verdadeira lua minguante, meu corpo se tornou
Sentia-me puxado pra esquerda
Era vontade de sumir
As pernas tremiam
Desamparado na hierarquia
Mas não fiz mal a ninguém
Vale uma mentirinha?

Fui buscar meu pão. Onde está?

Na religião dos inseguros
ora quem quer e quem precisa
vá correr atrás do seu pão
aceita uma sugestão?
estão onde menos se imagina
e em qualquer lugar que se imaginar
encontre um
e os demais virão automaticamente.