sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hoje


          O hoje é sempre um dia diferente. Diferente por te fazer feliz, diferente porque te abalou, diferente porque foi especial, diferente por ser dia de festa, diferente, enfim , por qualquer coisa, qualquer detalhe que o distingua dos demais. Reclamamos pelos nossos dias tediosos ou perturbadores simplesmente porque eles foram diferentes. Diferentes por nos ter trazido coisas ruins.
          Hoje, 23 de setembro, primeiro dia da primavera, desde cedo senti uma energia diferente no ar. Manhã linda e ensolarada, coração em paz e despreocupado. Abro um sorriso e mostro pro mundo o quão intensa é essa minha vontade de viver. Fragmentos de satélites estão caindo do céu, se eu fosse o felizardo a ser atingido por um queria, ao menos, ter a certeza de que minha vida foi uma boa história de ser vivida, cheia de bons e maus momentos que dariam um bom filme pra ser assistido e derramar lágrimas durante sua exibição.
            É primavera e ainda não lembro de ter visto flores. Sim, gosto de flores, amo as flores. Não importo com o que digam pelo fato de eu amá-las. Adoro sentir seu cheiro e admirar suas cores e formas. Falta pouco para o Sol se por. Ele colorirá o horizonte com seu resplandescente alaranjando. Abençoando de longe a todos aqueles que dedicarem alguns minutos para despedir-se dele atrás dos morros barbacenenses. E eu serei um deles.
           Posso sim dizer que hoje foi especial. Não lembro de ter vivido nenhum dia igual a esse. Certo de que também não viverei nada igual ao que vivi hoje – todas as conversas, sorrisos, gestos, mágoas, atos e sensações. Eis o motivo de ser tão especial. Foi tão único e foi hoje.

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