Em meio ao rio comprido e profundo de muita curva
Repleto de correntezas, pedra, monstros e água turva
Cascatas altas de imponentes e incontroláveis fúrias
Quem bate a cabeça em meio a pedras, agulhas
Tempestadesfortes de terrível ventania
Água suja que escorre noite e dia
Com sede e fome de tamanha violência
Confusa, fraca e incerta consciência
Nessa chuva não existe guarda-chuva
E pr'essa sede, nem sequer suco de uva
Pra mão fria, não me serve uma só luva
E o corpo que padece de frio
Nesse rio, água não volta atrás
Nesse rio, eu choro, eu rio
Adiante pro mar, à paz.
Há paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário