quinta-feira, 6 de março de 2014

Remorso

Foi logo ali na ponte que une
E que agora é sinal que me pune
Grande mal de cortar um coração
Simbolo de nossa separação
Entre ornitorrincos e xaropes
Lepo-lepos e Potocs
Ah, Carnaval de perfeição
Eu tinha tudo ali na minha mão
Tolo estúpido, ai como eu sinto
Dói demais, não minto
Eu que sou o culpado
O vilão descarado
E agora o arrependimento
Pior sentimento
Eu tento esquecer, eu forço
Esse ácido na alma é meu remorso
Devolve-me a calma, oh tempo
Devolve meu contentamento
E você de volta, talvez
Mesmo que por um mês
Pra mim, você já é eterno
Me retira aqui desse inferno
Há algo ainda que se faça
Depois de uma estupidez devassa?
Creio que não, acho que não
Te perdi, joguei fora teu coração.

(6/3/2014)

domingo, 29 de dezembro de 2013

Nesse Rio

Em meio ao rio comprido e profundo de muita curva
Repleto de correntezas, pedra, monstros e água turva
Cascatas altas de imponentes e incontroláveis fúrias
Quem bate a cabeça em meio a pedras, agulhas

Tempestadesfortes de terrível ventania
Água suja que escorre noite e dia
Com sede e fome de tamanha violência
Confusa, fraca e incerta consciência

Nessa chuva não existe guarda-chuva
E pr'essa sede, nem sequer suco de uva
Pra mão fria, não me serve uma só luva

E o corpo que padece de frio
Nesse rio, água não volta atrás
Nesse rio, eu choro, eu rio

Adiante pro mar, à paz.
Há paz.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre o tempo

Por que o tempo não passa?
Por que o tempo passa?
Por que tempo passa?
Por que tempo?
Que tempo?
Tempo?

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ai, a Vida!

É que a vida!
Ai, a vida
Me faz ferida
Me faz querida
Fujo e corro dos seus braços
Corro e fujo pros seus laços
Ai, a vida
É que a vida
Se não se faz sentida
Não deixa de ser vida
É a vida
Ora, querida
Ora, fingida
Ora, ocultada
Ora, vivida.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Pressa

Vai tão depressa
Xinga e se estressa
Uma rotina dessa
Correria à beça!
E eu que caí nessa
Há tempo? Ora, meça
Deixe de conversa
O relógio não cessa
Meu Deus, 
Que vida é essa?

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Insuficientes

Raso demais pra mergulhar. Pouco demais pra acrescentar. Não enche, não transborda.
É nó demais pra pouca corda.

Tão clichê, cheio de previsão
Com corpo palco de exibição
Tão passageiro e o tempo leva
E, assim, evapora depois que neva.