Sou imortal, pois permaneço vivo no teu peito.
Não há nada que possa me destruir.
Sou tão completo, tão perfeito
O fogo já não queima minha carne
Pois ela foi incendiada por teu desejo.
Devorada por teus lábios no calor do teu beijo
Lábios úmidos e calientes a passear pelo meu corpo.
Oh! Anjo que me condena.
Não quero muito.Só mais um pouco.
Acorrenta-me e me deixa louco.
Não posso viver eternamente.
Sem sentir meu corpo em teu corpo quente.
Acalenta a minha alma que grita deseperadamente.
Gritos desvairados e impotentes.
Amaldiçoada pela boca das serpentes.
Oh! Dai-me a mais duas primaveras
Que eu te alcanço na corrida.
Pouco atrás assim, deveras,
Vida louca, rápida e breve, louca vida.
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