Saudade...é tudo aquilo que meu peito expressa neste momento. Estando tão longe de casa e daqueles com quem vivi minhas primeiras primaveras. Perdido em meio às montanhas, cercado pelo frio e por construções históricas aqui estou.
São exatamente duas semanas que me separam da vontade de retornar ao lar e rever tudo aquilo que meus olhos enxergaram nos primeiros anos de vida: a estrada de terra, meus bichos, a natureza serrana, a cachoeira, a vida simples do campo, parentes, amigos e vizinhos. A certeza de voltar ainda não me foi dada. Enquanto isso, continuo aqui, sendo mais um na multidão, correndo contra o relógio, acordando bem antes do astro-rei, com minhas noites cheias que não me permitem sequer admirar o brilho das estrelas ( elas ainda brilham?), cercado por estranhos (que a cada dia me parecem mais estranhos) e conhecendo novos estranhos.
Oh! Serra que ainda azula no horizonte, perdoai este teu filho que largou teu peito de modo tão precoce. Sinto muito pesar em não poder pisar novamente em teu seio. Respirar os teus ares tropicais e sentir mais uma vez o teu vento ameno deslizando sobre minha face.
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